segunda-feira, 29 de outubro de 2012

SECULT-CE LANÇA EDITAL DOS "TESOUROS VIVOS DA CULTURA" 2012


A Secretaria da Cultura do Estado do Ceará torna público o Edital dos “Tesouros Vivos da Cultura” 2012, para inscrição, seleção e titulação dos “Tesouros Vivos da Cultura” do Estado do Ceará. O edital, no valor de R$ 23.328,00, oriundos do Tesouro Estadual, selecionará até dois registros de pessoas naturais, dois registros de grupos e dois registro de coletividade, no Livro de Registro dos “Tesouros Vivos da Cultura”. Serão considerados aptos a serem inscritos no Livro de Registro dos “Tesouros Vivos da Cultura” as pessoas naturais, os grupos e as coletividades dotados de conhecimentos e técnicas de atividades culturais.
As inscrições, que acontecem até o dia 22 de novembro de 2012, das 8h às 16h30, na sede da Secult,  rua Major Facundo, 500, 8º andar. Poderá se inscrever qualquer pessoa jurídica de direito público ou privado. Somente serão aceitos os Formulários de Inscrição Padrão em fotocópia ou impressão da versão divulgada pela Internet, preenchidos de maneira legível e assinados pelos responsáveis, acompanhados de currículo do candidato, até as 16:30 hs do último dia do prazo. O currículo deve conter o maior número de dados das pessoas naturais, dos grupos e das coletividades, mencionando praticas culturais desenvolvidas, com fotos, documentação relativa à divulgação de trabalhos realizados e eventos que participou, matéria de jornais, registros fílmicos e/ou sonoros, e informações históricas e culturais da cidade ou região onde reside o candidato.

Deverão acompanhar o currículo do candidato, pessoa natural, todos os documentos que demonstrem a sua situação econômica, tais como: declaração de bens, feito de próprio punho, informando a existência de bens em seu nome; comprovante de renda (contra cheque, carteira profissional, declaração de INSS, etc).
Não serão aceitas inscrições que não cumpram as exigências contidas no Edital, inclusive quanto à forma, nem aquelas apresentadas fora do prazo estabelecido.

ROMEU E JULIETA CORDEL DO POETA HUGO RODRIGUES


Hugo de Melo Rodrigues é professor de História e Artes, técnico em cultura da cidade de Barbalha – CE, acadêmico do curso de teatro, membro do Instituto Cultural do Vale do Cariri (ICVC) do Instituto Cultural do Cariri (ICC) e do Cariri Cangaço, sócio fundador da Sociedade dos Poetas de Barbalha e membro do Conselho Estadual de Cultura.

ROMEU E JULIETA NA LITERATURA DE CORDEL

A HISTÓRIA DE AMOR
QUE AGORA VOU CONTAR
É UMA DAS MAIS LINDAS
NARRATIVAS QUE OUVI FALAR
ROMEU E JULIETA
SEI COM TODA CERTEZA
VOCÊ VAI TAMBÉM GOSTAR

SHAKESPEARE É O AUTOR
MUDA TEMPO E LUGAR
FOI LÁ NA INGLATERRA
ESTA HISTÓRIA SE PASSAR
OUTRO TEMPO OUTRA ERA
AMOR SEMPRE IMPERA
POIS AGORA VOU NARRAR

O SÉCULO ERA O QUINTO
ONDE TUDO COMEÇOU
VERONA FOI O BERÇO
DA HISTÓRIA DE AMOR
E VOCÊ VAI CONHECER
VAMOS JUNTOS ENTENDER
FELICIDADE E DOR

MONTECCHIO E CAPULETO
BERÇO, RIQUEZA, PODER,
NESSAS DUAS FAMÍLIAS
FOI TUDO ACONTECER
ROMEU E JULIETA
ANUNCIANDO NA TROMBETA
O AMOR VEIO NASCER

NA PRAÇA TEM O LUGAR
PRA COMEÇAR A TRAMA
SANSÃO E GREGÓRIO
MONTECCHIOS NÃO AMA
ESPERAR OCASIÃO
TER AQUELA CONFUSÃO
CAPULETOS COMANDA

DA FAMÍLIA CAPULETO
ELES SÃO EMPREGADOS
SANSÃO O ATREVIDO
OS DOIS BEM ARMADOS
COMEÇA ELE DIZER
ARMADO PARA VENCER
SEI NÃO SOU MALVADO

DIZIA ELE AINDA
NÃO LEVO DESAFORO
PUXO LOGO A ESPADA
ENFRENTO ATÉ TOURO
É BRIGA É CONFUSÃO
COMIGO NÃO TEM PERDÃO
SEI QUE MATO OU MORRO.

DO CASTELO DOS MONTECCHIOS
ABRAÃO E BALTAZAR
E DO LADO DA PRAÇA
CAPULETOS A ESPERAR
O OLHAR É O COMEÇO
TUDO PELO AVESSO
COMEÇAM A SE ESTRANHAR.

BENÉVOLO DOS MONTECCHIOS
OS ÂNIMOS ACALMAR
É AMIGO DE ROMEU
A BRIGA TENTOU EVITAR
MANDOU GUARDAR A ESPADA
E NAQUELA ESTRADA
O SANGUE NÃO DERRAMAR.

NISTO SURGE TEOBALDO
VEIO SE APRESENTAR
BENÉVOLO ARMADO
SUA ESPADA TIRAR
DAÍ FOI A CONFUSÃO
NINGUÉM PARA MAIS NÃO
DIFÍCIL DE CONTROLAR.

BENÉVOLO ARMADO
TENTOU LOGO EXPLICAR
SÓ A PAZ EU VIM PEDIR
PRA OS SERVOS ACALMAR
NISTO SURGE TEOBALDO
DE ESPADA ARMADO
E PRONTO PRA ME MATAR.

COMO TU FALAS EM PAZ
E A ESPADA ARRANCAS
DISSE LOGO TEOBALDO
PARA NÃO FICAR PRA TRÁS
E A GUERRA DECLARAM
E TODOS JÁ ESPERAM
MUITA DISCÓRDIA FAZ.

VENDO AQUELA BRIGA
DONA MONTECHIO FALOU
CADÊ MEU FILHO ROMEU
QUE AINDA NÃO CHEGOU
EU ANDO ASSUSTADA
ESTOU ALIVIADA
NESTA BRIGA NÃO ENTROU

ROMEU TÁ RESERVADO
É SÓ O QUE SEI DIZER
E AINDA CABISBAIXO
O QUE PUDE PERCEBER
A NOITE PELO DIA
TRISTEZA E ALEGRIA
PREFERE MESMO SOFRER

E NISTO CHEGA ROMEU
BENÉVOLO FOI RECEBER
CHAMANDO DE AMIGO
PARA TUDO ENTENDER
E SABER DA SUA DOR
SE AQUILO ERA AMOR
QUERIA COMPREENDER.

OLHE MEU BOM AMIGO
SE QUERES MESMO SABER
É A FORÇA DO AMOR
QUE ESTAR A ME VENCER
EU NÃO SUPORTAREI
DESSE AMOR MORREREI
SEM AO MENOS ENTENDER.

ELA É BEM BONITA
GRACIOSA E MUITO BELA
É TAREFA DIFÍCIL
EU CHEGAR PERTO DELA
É UMA FORMOSURA
É CHEIA DE CANDURA
A MINHA CINDERELA.

ESQUECER ESSE AMOR
PARA NÃO MAIS SOFRER
VAI ELE CONSUMINDO
ALEGRIA DE VIVER
BENEVÓLIO AMIGO
ESCUTA EM SIGILO
PARA VIDA ENTENDER.

DENTRO DO CASTELO
CAPULETO A CONVERSAR
É O PAI DA JULIETA
UM BAILE A PREPARAR
A FILHA DE CATORZE ANOS
ESTAR NOS SEUS PLANOS
JULIETA BEM CASAR.

PÁRIS É O NOBRE
E TAMBÉM PRETENDENTE
DE TODOS TEM APOIO
SE FAZ MUITO CONTENTE
DO BAILE PARTICIPAR
SEU AMOR DECLARAR
CASAR E SEGUIR EM FRENTE.

COMO FOI PROGRAMADO
O BAILE ACONTECEU
ELES NÃO ESPERAVAM
O INTRUSO APARECEU
SEI QUE NESTA CONFUSÃO
JUNTOU-SE O CORAÇÃO
JULIETA E ROMEU.

O BAILE COMEÇADO
TODO MUNDO A DANÇAR
ROMEU E JULIETA
LOGO A FORMAR UM PAR
OS DOIS MASCARADOS
ELES NÃO SÃO CULPADOS
DOS LÁBIOS A SE BEIJAR.

QUANDO O BAILE TERMINOU
DESCOBRIU-SE A CENA
E ELES BEIJARAM-SE
A BRIGA NÃO FOI PEQUENA
MONTECCHIO E CAPULETO
FOI AMOR BEM PERFEITO
O FIM É QUE DÁ PENA.

ENCONTRARAM-SE DE NOVO
TORNARAM-SE A BEIJAR
JURAS DE AMOR ETERNO
QUISERAM DECLARAR
ENFRENTAR TODOS E TUDO
SAIREMOS NO ESCURO
COMEÇARAM A TRAMAR.

ROMEU DISSE EU JURO
PELA LUA A BRILHAR
MEU AMOR É ETERNO
POR TI NUNCA VAI ACABAR
DISSE ELA NÃO JURES
POR MIM NÃO SE TORTURES
E A LUA SEMPRE A MUDAR.

SÓ JURES POR TI MESMO
SE QUERES MESMO JURAR
CREIO EM TUA PALAVRA
PRECISO ACREDITAR
E JUNTOS PARA SEMPRE
FUTURO E PRESENTE
O DESTINO QUIS SELAR.

PROCUREI UM AMIGO
PRA ELE NOS AJUDAR
CHAMA-SE FREI LOURENÇO
E VAI NOS ABENÇOAR
VAMOS ABENÇOADO
ANDAR LADO A LADO
AGORA VAMOS TRILHAR.

ROMEU E FREI LOURENÇO
COMEÇARAM A PENSAR
O QUE PODIA FAZER
O CASAMENTO MARCAR
MARCOU LOGO A DATA
JULIETA EM HORA MARCADA
VIRIA SE CONFESSAR.

SEI QUE O DESTINO
AJUDOU A COMPLICAR
MONTECCHIOS E CAPULETOS
OUTRA VEZ A SE ENFRENTAR
MERCÚRIO FOI MORTO
E ROMEU SUBIU NO MORRO
PARA TEOBALDO MATAR.

O CASAMENTO DELA
COM OUTRO FOI MARCADO
PÁRIS O ESCOLHIDO
TAMBÉM ABENÇOADO
DISSE ELA PRA OS PAIS
EU NÃO CASAREI MAIS
SEREMOS AMALDIÇOADOS.

FREI LOURENÇO TENTOU
JULIETA AJUDAR
ENTREGOU-LHE A PORÇÃO
PARA ELA ENCANTAR
E DADA COMO MORTA
APÓS FECHAR A PORTA
ROMEU IA ENCONTRAR.

ROMEU NÃO ENTENDEU
E O VENENO TAMBÉM TOMOU
SÓ QUE O DELE FOI MORTAL
E QUANDO JULIETA ACORDOU
AO VER MORTO ROMEU
MATOU-SE COM O PUNHAL SEU
E A HISTÓRIA TERMINOU.

sábado, 27 de outubro de 2012

CORDEL DO POETA CAMILO BARBOSA

POETA CAMILO BARBOSA

CORDEL
COISA DE CANTADOR

PARA UM BAIÃO DE VIOLA
ESTOU SEMPRE PREPARADO
PRA CERTOS TIPOS DE COISA
JÁ NASCI PREDESTINADO
QUEM É BOM JÁ NASCE FEITO
PRA DAR CONTA DO RECADO.

TAMBÉM TENHO PRATICADO
COM A ESPONJA E O GIZ
PRA MIM NÃO TEM FRONTEIRAS
VOU NO RUMO DO NARIZ
NÃO VOU CARREGAR REMORSOS
POR TUDO QUE FAÇO E FIZ.

NO MEU VIVER DE APRENDIZ
BUSCO TEORIA E PRÁTICA
NO ZIGUE ZAGUE CONSTANTE
NO FLUXO DA GRAMÁTICA
TEM O GARGALO SEMÂNTICO
DA CIÊNCIA ENIGMÁTICA.

PORÉM SOBRE A MATEMÁTICA
SEMPRE CONDUZ UM PROBLEMA
POR ISSO EU QUERO A LINGUAGEM
ONDE ADOTO O MEU SISTEMA
PREFIRO OS GANCHOS DA LÍNGUA
NÃO GOSTO DE TEOREMA.

QUEM RESOLVE TEOREMA
PODE ENTENDER MEU CHAMEGO
FAZ-ME LEMBRAR DE PITÁGORAS
GRANDE CIENTISTA GREGO
QUE ESTUDOU TANTO NA VIDA
E MORREU POR FALTA DE EMPREGO.

EU NÃO TROCO O MEU SOSSEGO
POR UM MILHÃO DE SALÁRIO
GOSTO DE VIVER TRANQUILO
NADA ME PROVA O CONTRÁRIO
QUEM QUISER VIVER FELIZ
SIGA O MEU ITINERÁRIO.

NUNCA ESCREVI NUM DIÁRIO
E JAMAIS OCUPEI TRIBUNA
NÃO SOU A PEDRA ANGULAR
MAIS JÁ SERVI DE COLUNA
DEUS DO CÉU ME FEZ POETA
PARA QUE MAIOR FORTUNA.

EU VOU DESMANCHANDO A DUNA
DA AREIA MOVEDIÇA
SOU AMANTE DO TRABALHO
E TENHO HORROR A PREGUIÇA
SOU INIMIGO DO MAU
E DEFENSOR DA JUSTIÇA.

GOSTO DE ASSISTIR MISSA
E LER A BÍBLIA SAGRADA
O TEMPO QUE FICO LENDO
A LEITURA NÃO ENFADA
POIS A PALAVRA DE CRISTO
MERECE SER CULTIVADA.

OUÇO A PALAVRA MINADA
DA BOCA DO SACERDOTE
VOZ ROUCA, FORTE, AFINADA.
CHEGA ESTALA A EPIGLOTE
ABALA ATÉ AS MENINGES
ENDURECENDO O CANGOTE.

ÀS VEZES SOU UM CHICOTE
QUE CASTIGA O BURRO BRAVO
A LINHA BATE NO COURO
CHEGA QUEBRA O ALINHAVO
TRABALHO PRA TER DINHEIRO
MAIS NÃO SE SOBRA UM CENTAVO.

NO MUNDO EU SOU UM ESCRAVO
DA CULTURA E DO SABER
SOU PORTANTO ESCRAVIZADO
DO VÍCIO DO APRENDER
HEI DE ESTUDAR ATÉ QUANDO
EXTERMINAR MEU VIVER.

NÃO TENHO NADA A TEMER
O INFORTÚNIO OU ATROZ
ENQUANTO VIDA EU TIVER
NÃO VOU CALAR MINHA VOZ
COLHO NO POMAR DO MUNDO
TUDO QUE DEUS FEZ PRA NÓS.

MESMO SEM CALAR A VOZ
VIVO A SOFRER SEM RECLAMO
QUANDO ESTOU NO SOFRIMENTO
O NOME DE DEUS EU CHAMO
QUEM VIVE É PRA SOFRER
VIVO A SOFRER PORQUE AMO.


POETAS CAMILO BARBOSA E PROFESSOR HUGO LANÇAM CORDEIS EM ASSENTAMENTO

Os Poetas, da Sociedade dos Poetas de Barbalha, Camilo Barbosa e o Professor Hugo Rodrigues, lançaram hoje, 27, no Assentamento da Fazenda Boa Vista os cordéis Coisa de Cantador e Romeu e Julieta. O evento contou com a participação da comunidade e de convidados que tiveram uma tarde de descontração, divertimento, confraternização e de muita cultura. Os presentes ouviram as narrativas dos poetas com muita admiração, pois se trata de uma cultura secular, que ao longo dos anos vem resistindo aos avanços da modernidade. 









FOTOS: PANTICOLA

sexta-feira, 26 de outubro de 2012

ÔNIBUS ANTIGOS DE FORTALEZA E SUAS HISTÓRIAS


Acompanhe uma viagem ao passado através de imagens, mostrando a evolução do ônibus na cidade de Fortaleza durante o século XX.

Os primeiros ônibus a circular em Fortaleza eram veículos mistos com cabine de motorista separada da cabine de passageiros e parte posterior com caçamba para transporte de cargas. Começaram a circular na década de 1920. A primeira linha de ônibus foi instalada em 1928, com seis ônibus da empresa Pedreira que cobriam a cidade. Os primeiros ônibus de grande porte a circular em 1941 eram veículos da marca GMC com capacidade para 40 passageiros.

Ônibus Misto 
Um dos primeiros ônibus com carroceria de madeira fabricado no Ceará na década de 30 e 40.
 

Ônibus da Light, R. Floriano Peixoto, postal Loja Chrysanthemo (1931)
Ônibus light na Rua Floriano Peixoto, que já se chamou Boa Vista, Pitombeira, das Belas e Rua nº 5. Mas a foto antiga data de 1930, quando a rua já tinha o nome atual. Velhos sobrados no estilo neoclássico faziam aquela rua onde trafegavam ônibus da "Light", carros hoje conhecidos como calhambeques, carroças e animais. As pessoas andavam normalmente de chapéu, quer de massa, palhinha ou palha mesmo. A bomba da gasolina da época dava um toque todo especial. Vemos por trás o velho mercado de ferro inaugurado em 1897 e dali retirado em 1937. Também vemos os postes telegráficos, estes com várias hastes de apoio, cada qual comportando oito fios, totalizando 48 fios. A posição do fotógrafo é de costas para o sertão e frente para o mar. Na foto antiga vê-se o Passeio Público à distância. Fonte: Arquivo Nirez
 
Arquivo (Nirez)
Ford 1934
Ônibus com carroceria de madeira, percorria a linha de Fortaleza a Guaramiranga.
 

Ford V-8 1936
Carroceria de madeira fabricada em Fortaleza (Empresa Redenção)
 

Ônibus Jardineira, Fortaleza 1947
O ônibus abaixo tem mecânica de caminhão Ford 1946, sobre o qual foi montada uma carroceria em madeira (feita em Fortaleza) do tipo "Jardineira". Percorria a linha entre Fortaleza e Recife no ano de 1947. O veículo tinha capacidade para 47 passageiros sentados. Pertencia à Empresa Redentora. 
 


GMC 1948
Ônibus com carroceria de madeira fabricada em Fortaleza, Empresa Vitória.
 

Ônibus linha Baturité - Fortaleza 
O ônibus da foto tinha carroceria feita em metal e madeira, montada em um chassis Ford ano 1951, provavelmente um F-6 ou F-7. Pertencia à empresa Redenção e fazia a linha Fortaleza-Baturité nos anos 50. 
 


Ford Alemão 1954
Ônibus marca Ford com carroceria de ferro fabricado em Fortaleza, Empresa Redenção.
 

Abrigo Central (Anos 50)
A foto dos anos 50 nos mostra um ônibus com mecânica Chevrolet modelo "Gigante" no abrigo de passageiros da Praça do Ferreira, em Fortaleza. O ônibus da foto foi produzido entre 1941 e 1946, com mecânica importada e carroceria de fabricação nacional.
 

Ônibus Mercedes (Anos 50)
O ônibus da foto é um Mercedes-Benz com carroceria de madeira, serviu na linha que servia o bairro de Porangabuçú nos anos 50. Pertencia à Viação Angelim.
 


Carrocerias J. Félix - Fortaleza
A empresa Organização J. Félix ltda, sediada em Fortaleza, fabricava carrocerias para ônibus com estrutura em madeira na década de 50. Vemos na foto um chassis de ônibus à esquerda e o mesmo encarroçado por esta empresa à direita. A mecânica era da Mercedes-Benz.
 



Ônibus Fortaleza-Maracanaú (1956)
O ônibus da foto tinha mecânica Mercedes-Benz e carroceria de fabricação nacional. Servia na linha entre as cidades de Fortaleza e Maracanaú no ano de 1956. Pertencia à Empresa Santo Antônio Ltda, de José Assis de Oliveira.
 

Ônibus Chevrolet 1959
A imagem nos mostra um ônibus com mecânica Chevrolet nacional em Fortaleza no ano de 1959. A carroceria, em estrutura de madeira, foi fabricada localmente. O veículo, da Empresa Vitória, fazia a linha entre Caucaia e Fortaleza.
 
  



Ônibus Fortaleza-Jacaúna (1959)
O ônibus da imagem percorria a linha entre Fortaleza e Jacaúna via Iguape, em 1959. A mecânica do veículo é Mercedes-Benz e a carroceria do fabricante Crosley. Pertencia a Edgar Ferreira Parrião, atualmente Empresa São Benedito.


Ônibus Mercedes Vieira (Anos 60) 
O ônibus da imagem pertencia à Empresa Iracema, da organização José Setúbal Pessoa, e percorria a linha Dom Luiz. Tinha mecânica Mercedes-Benz e carroceria Vieira, de São Paulo.

  



Ônibus Fortaleza-Vazante (1960)
O ônibus da foto percorria a linha Fortaleza-Vazante via Ocara no ano de 1960. A firma pertencia a José Lopes da Silva (atualmente Empresa São Benedito. A mecânica era Mercedes-Benz e a carroceria da Emílio Pasula & Filho, de São Paulo.



Praia de Iracema (1960)
Caminhão misto Mercedes-Benz na Linha Fortaleza-Morada Nova (CE):
 
  
Início dos anos 60
Centro de Fortaleza, da Enciclopedia Britannica.
 

Ônibus Chevrolet - Fortaleza (1962)
O caminhão para transporte misto da imagem abaixo, tinha mecânica Chevrolet "Brasil" e percorria a linha Fortaleza-Esperança(CE) no ano de 1962. A firma pertencia a Pedro Paulino Viana, Empresa Nova Esperança.
 


Caio 1966 
Ônibus Mercedes-Benz carroceria Caio, Empresa Santo Antônio. 
 


Postal Anos 60
Ônibus na Praça José de Alencar.
 
   
Postal 1967 
Praça José de Alencar e os ônibus coloridos. 
 


Postal Anos 60/70
Praça José de Alencar à noite.
 

Os "Trolleys" de Fortaleza 
Os trólebus de Fortaleza tiveram curta duração, de 1967 até 1971. Os 10 veículos, eram da Massari, de fabricação nacional. O encerramento do serviço se deu devido à pouca rentabilidade que os trajetos percorridos proporcionavam. Os veículos foram vendidos à CMTC de São Paulo.
 
Postal Anos 70
Ônibus na Praça José de Alencar. 
 
  
Postal 1971

Praça José de Alencar. 
  

Manchete 1972 - Ciferal Líder
Expresso de Luxo na linha Fortaleza-Recife e Expresso Fortaleza na linha Fortaleza-Rio de Janeiro. 
  

Rodoviária de Fortaleza (Década de 70)
Postal do Terminal Rodoviário Eng. João Thomé.
 

Anos 80 
Postal com um ônibus da Empresa Redenção em frente ao antigo Othon Palace.
 


Rodoviária de Fortaleza (Década de 90)
Postal do Terminal Rodoviário Eng. João Thomé.
 
FONTE: FORTALBUS

sábado, 20 de outubro de 2012

INVENTOR DO RÁDIO O PADRE CIENTISTA ROBERTO LANDELL DE MOURA


                                                                                    


Quem foi o outro inventor do rádio?

O brasileiro Landell de Moura foi pioneiro na transmissão de voz, mas só conseguiu ser chamado de louco e bruxo. Você, como quase todos nós, deve ter aprendido que o inventor do rádio foi um italiano chamado Guglielmo Marconi.

Mas provavelmente nunca ouviu falar de Roberto Landell de Moura, o padre brasileiro responsável por fazer em 1894 (dois anos antes de Marconi) uma experiência pioneira de radiodifusão – mas que acabou menosprezado pelos registros históricos.

Nascido em Porto Alegre e educado em Roma, Landell foi a São Paulo exibir seu invento ao público – e tentar arrumar um patrocinador. Ele transmitiu a voz humana por 8 quilômetros em linha reta, da avenida Paulista até o Alto de Santana, na zona norte da cidade. (Detalhe: o rádio inventado por Marconi só transmitia sinais telegráficos.) Ainda assim, o sucesso do experimento não se converteu em muito dinheiro. Em 1900, Landell repetiu o experimento – agora na presença de jornalistas e de um representante do governo britânico. A notícia repercutiu, mas não do jeito que ele planejara: alguns religiosos se indignaram quando souberam que um padre estava fazendo “bruxarias”. Dois dias depois da demonstração, meia dúzia de fiéis invadiu o modesto laboratório do religioso para quebrar todos os seus aparelhos. No ano seguinte, o padre foi tentar a sorte nos EUA, onde impressionou a comunidade científica.

Eis que o esperado dinheiro parecia estar chegando: empresários americanos ofereceram uma fortuna a Landell. Só que, patriota ferrenho, ele a recusou. O padre acreditava que as invenções pertenciam ao Brasil. Ele conseguiu patentear suas invenções em 1904. Tarde demais: Marconi já o havia feito em 1896. Ao voltar para o Brasil, Landell tentou mais uma vez convencer o governo a financiá-lo. Seu plano incluía uma demonstração envolvendo dois navios da Marinha. Ao ser perguntado sobre a distância que os navios deveriam ficar um do outro, o padre perdeu uma incrível chance de ficar calado. Sua resposta foi: “Coloquem-nos na maior distância possível, pois esse invento um dia permitirá até conversas interplanetárias!” Foi o suficiente para ser taxado de louco por querer falar com ETs. Desiludido com a falta de apoio, acabou abandonando a ciência e dedicando-se exclusivamente à vida religiosa. • Como não há documentos oficiais da demonstração de 1894, muitos só aceitam o ano de 1900 como a data da primeira transmissão por rádio de Landell. • Apesar da invenção do rádio ser freqüentemente creditada a Marconi, várias pessoas vinham fazendo pesquisas na área, como o alemão Heinrich Hertz, o iugoslavo Nicolas Tesla e o próprio padre Landell. • Marconi patenteou seu invento em 1896 e depois criou a Companhia Marconi para usar comercialmente suas patentes. Uma coisa não há negar: ele foi o primeiro a investir na utilização comercial do rádio.

Fonte: inventores.nocomunidades.net.

sexta-feira, 19 de outubro de 2012

SESC JUAZEIRO DO NORTE RECEBE MESTRE TRUVINCA - PROJETO SONORA BRASIL



Um dos grandes mestres da sanfona de oito baixos, Heleno Pereira dos Santos, mais conhecido como Truvinca, esteve se apresentando no Teatro Patativa do Assaré no SESC Juazeiro do Norte, nesta sexta feira 19 através do Projeto Sonora Brasil. 

A sanfona de oito baixos, ou pé de bode, é um dos instrumentos típicos na cultura nordestina e está diretamente relacionado à tradição oral. O pernambucano Truvinca tem uma técnica apurada e domínio pleno do repertório tradicional da música do Nordeste.

O artista viveu duas décadas no Rio de Janeiro, trabalhando durante o dia em empregos formais e dedicando suas noites ao ofício de sanfoneiro. Ele se apresenta no Sonora Brasil acompanhado de Alex da Zabumba e Otacílio Muniz.

Sonora Brasil

O Sonora Brasil - Formação de Ouvintes Musicais é um projeto temático que tem como objetivo desenvolver programações identificadas com o desenvolvimento histórico da música no Brasil. Este ano, o projeto realiza 430 concertos em 117 cidades.

A ação possibilita às populações o contato com a qualidade e a diversidade da música brasileira e contribui de forma significativa para o conjunto de ações desenvolvidas pelo SESC visando à formação de plateia.