quarta-feira, 27 de março de 2013

Dia do Circo – 27 de março


O dia do circo foi criado em homenagem ao palhaço Piolim, Abelardo Pinto, que comandou o circo Piolim por mais de trinta anos.

Seu pai havia sido dono de circo quando Abelardo ainda era pequeno, local onde aprendeu a tocar violino, a fazer contorcionismos e acrobacias.

A data foi instituída em razão de seu nascimento, no ano de 1897, em Ribeirão Preto, no estado de São Paulo.

Abelardo chegou a fazer espetáculos beneficentes, junto com um grupo de artistas espanhóis, que lhe deram o apelido de Piolim, que significa barbante, devido às pernas compridas e também por sua magreza.

Piolim era engajado com os movimentos artísticos e culturais, sempre preocupado em divulgar a arte como forma de expressão cultural.

Foi homenageado pelos intelectuais da semana de arte moderna (Tarsila do Amaral, Mário de Andrade, Oswald de Andrade, Anita Malfati, e outros) em 1922, como o maior artista popular brasileiro.

Em dois de agosto de 1931 recebeu uma homenagem de Mário de Andrade, através de uma crônica que demonstrava seu encantamento com a arte do circo de Piolim.

Um dos maiores sonhos desse palhaço era montar uma escola circense, para manter as tradições artísticas e culturais do circo, mas morreu antes de concretizá-lo, aos 76 anos de idade, no ano de 1973.

Por Jussara de Barros
Graduada em Pedagogia
Equipe Brasil Escola

terça-feira, 26 de março de 2013

Desenhos de possível sítio arqueológico estão sumindo


Denúncia é de que pessoas estariam depredando as áreas, que ficam em Alto Santo e Jaguaribara
Matusalém Maia mostra as marcas da degradação nas rochas de Jaguaribara fotos: divulgação

O IPHAN vai enviar uma equipe, na próxima semana, para analisar as gravuras rupestres. Região poderá ganhar proteção d o governo federal

Limoeiro do Norte - Vereador do município de Jaguaribara, a 219 km da capital, denuncia depredação de possíveis sítios arqueológicos em comunidades de Alto Santo e Jaguaribara. A exploração da área estaria acontecendo há vários anos, porém, desde o ano passado, as extrações estão ocorrendo com maior frequência. O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) informou que as áreas não são do conhecimento do instituto e que será feita uma vistoria no local.

De acordo com Matuzalém Maia, vereador em Jaguaribara, os possíveis sítios estão localizados nas comunidades de Lagoa Grande e Recanto, no município de Alto Santo e Mandacaru, em Jaguaribara. As áreas estão repletas de pedras com gravuras antigas. Ele garante que desde a época de seu avô, a população das comunidades vizinhas já tinha o conhecimento destes desenhos. "Me lembro que desde a época do meu avô já se falavam desses desenhos nessas pedras. Dois locais têm diversas inscrições antigas em pedras, perto de um lago, que ficam Alto Santo, perto da divisa com Jaguaribara", explica.

Mesmo não tendo o reconhecimento do Iphan, ele garante que são desenhos rupestres. "Mesmo não sendo uma área reconhecida pelo Iphan, sem dúvida são desenhos antigos. O patrimônio histórico do lugar está sendo destruído há alguns anos por pessoas desconhecidas, estão depredando e extraindo os desenhos das pedras", reclama.

Diante da situação, o vereador decidiu fazer o registro fotográfico destas três áreas e leva-las à Superintendência do Iphan, em Fortaleza, para que a área passe a ser protegida. Há um mês Matuzalém vem guardando fotografias como provas da exploração do local. "Eu nunca vi ninguém fazendo extração, mas as fotos mostram a depredação do local. Pela forma que pode ser vista nas fotos, eles têm usado máquinas pesadas para perfurar as pedras, coisa que não é muito fácil. Eles tiram os desenhos das pedras e levam embora, só posso imaginar que isso seja para fins comerciais, e não é de agora que estão fazendo isso", reclama.

O vereador garante que há pelos menos um ano a depredação do local é feita de forma mais constante. Ele afirma também que são utilizados explosivos para retirada das pedras. "Pela forma como o local é deixado, isso não é coisa manual não", afirma Matuzalém. Ele chegou a questionar com moradores das redondezas se eles tinham notícias de quem faziam isso, mas ninguém soube informar.

Falta reconhecimento

Na manhã da última sexta feira (22), o vereador levou as fotos para a sede o Iphan, afim de formalizar a denúncia. "Eles disseram que a área não era reconhecida e que eles iam fazer uma vistoria pra confirmar se são mesmo sítios arqueológicos e ai fazer o cadastro como área de proteção", contou.

De acordo com o Superintendente do Iphan no Ceará, Ramiro Teles, é impossível que o Iphan previna esse tipo de ações em áreas ainda não reconhecidas. "É muito difícil sabermos todas as áreas que ainda não estão cadastradas, o território cearense é muito grande, então é inevitável esse tipo de exploração em áreas desconhecidas".

Sobre as fotos, Teles afirma que se trata sim de sítios arqueológicos com pinturas rupestres. "Mesmo não tendo certeza, mas pelas fotos tudo indica que são gravuras rupestres. Na próxima semana, será enviada uma equipe para as áreas para que sejam feitas vistorias e assim, se confirmando o sítio arqueológico, eles serão áreas de proteção da União e qualquer atividade de remoção e retirada é ilegal é crime federal", informou.

A Lei nº 3.924, de 26 de julho de 1961 dispõe sobre os monumentos arqueológicos e pré-históricos em todo território nacional. Após a vistoria e a constatação, os locais poderão fazer parte do Cadastro Nacional de Sítios Arqueológicos (CNSA), onde apresenta sítios arqueológicos brasileiros cadastrados no Iphan, com todo o detalhamento técnico e filiação cultural dos sítios.

O Ceará possui 525 registros de sítios arqueológicos históricos, pré-colonial e de contato, que podem ser consultados através do site do Iphan. No Brasil, são mais de 20 mil já confirmados e catalogados.

O sistema nacional é constantemente atualizado diante de novas descobertas. Após o cadastramento de novos sítios, os locais só podem ser escavados para estudos mediante autorização Federal. Escavações e exploração ilegal da área é considerada crime, com pagamento de multa.

Para Matuzalém Maia, a proteção da área dará novas oportunidades para a região, no que compete ao turismo e a preservação cultural da localidade.

Mais Informações

IPHAN

Rua Liberato Barroso, 525,

Praça José Alencar, Bairro Centro, Fortaleza (CE)

Telefone: (85) 3221.6263


ELLEN FREITAS
COLABORADORA

domingo, 24 de março de 2013

Parte dos cearenses desconhece motivo do feriado de 25 de março



Feriado instituído em 2011 ocorre pela primeira vez em um dia útil.
25 de março faz referência ao fim da escravidão no Ceará, em 1884 (Foto: José Leomar/Diário do Nordeste)
Parte dos cearenses ainda desconhece o motivo do feriado estadual de 25 de março, em referência ao fim da escravidão no Ceará, a primeira província a fazer a abolição no Brasil, em 1884. O feriado foi criado no fim de 2011, mas como no ano passado a data ocorreu em um domingo, o feriado passou despercebido pela população.
Em 2013, a data ocorre na segunda-feira. Parte dos cearenses desconhecem o motivo da data. “Eu ouvi falar que é o dia do escravo”, diz uma aposentada. “Parece que é o dia da escravidão”, diz a enfermeira Ana Lúcia. “Já ouvi que é alguma coisa em relação aos escravos”, diz a filha de Ana Lúcia.
O feriado ressalta o fim da escravidão no Ceará, a data magna, considerada a mais importante do estado pela nossa Constituição. Quase 130 anos depois, o estado terá o primeiro feriado em referência ao fim da escravidão em um dia útil.
Além do feriado da data magna, o Ceará teve o feriado do Dia de São José, padroeiro do estado, e terá o feriado da Semana Santa, somando três feriados em dias úteis no estado no mês de março.
Para algumas pessoas, um feriado a mais tem um aspecto negativo: “É a perda do dia que a gente não trabalhou. A maioria das empresas não paga pelo feriado que a gente fica em casa”, reclama um vendedor.
O chefe de fiscalização da Superintendência Regional do Trabalho Luís Alves explica que alguns setores devem continuar trabalhando: “Continuam os setores considerados essenciais, os hospitais, funerárias, e também alguma parte de diversão. Além de algumas indústrias, que têm a autorização para trabalhar”, explica.
Os funcionários que trabalham nessas empresas receberão em dobro pelo dia trabalhado ou terão um novo dia de folga, para compensar o feriado trabalhado.
G1 CE

sábado, 23 de março de 2013


Chama Acessa Por:Moacir Assunção

Lampião, gravura de Júlio Carvalho

O fogo de uma metralhadora Hot Kiss estrategicamente postada ceifou, em uma madrugada enevoada, a vida de um dos maiores mitos do sertão brasileiro. Na grota de Angicos, município de Poço Redondo (SE), um labirinto de pedras ao lado do rio São Francisco, morriam, em 28 de julho de 1938, Virgulino Ferreira da Silva, o Lampião, sua companheira Maria Bonita e outros nove cangaceiros. Considerado "enfeitiçado" e imoral pelos sertanejos, Lampião, que já havia escapado de inúmeros combates e tocaias, morreu sem dar um tiro sequer. Sua fama de imortalidade ficou, junto com o corpo retorcido, no chão do riacho seco que cruza Angicos. As 11 cabeças foram levadas pelos algozes para exposição e estudos no Instituto Nina Rodrigues, de Salvador.

Sessenta anos depois de sua morte, que praticamente pôs termo ao cangaço, a figura de Lampião, morto pelo comandante de volante (grupos móveis de policiais que atacavam os cangaceiros na caatinga) João Bezerra, cresceu muito, até atingir a dimensão de mito.

Personalidade contraditória, Lampião não foi, embora tenha sido pintado dessa forma, inclusive pelos prestigiados jornais "The New York Times" e "Paris Soir", um bandido social. Apesar disso, pesquisadores como Antonio Amaury Corrêa de Araújo, autor de seis livros sobre o cangaço, afirmam que ele teve, algumas vezes, atitudes de Robin Hood, ao dividir o produto de seus saques com a população carente. Ao mesmo tempo em que agia assim, o cangaceiro celebrava acordos espúrios com os reacionários coronéis nordestinos.




Capitão do exército e interventor federal em Alagoas, quando Lampião ainda estava vivo, Eronildes de Carvalho, acusado de fornecer armas e munição modernas ao bandoleiro, foi um dos seus mais notórios defensores. Na Paraíba, Lampião contava com o providencial apoio do coronel José Pereira, personagem central da Revolução de 30, com quem posteriormente se indispôs. Em Alagoas, o cangaceiro também podia ficar tranqüilo. Era protegido por membros da família Malta, antepassados da ex-primeira-dama Rosane Collor de Mello, que davam excelente cobertura a Lampião. Em troca de tanta "generosidade", os cangaceiros eram usados na política local, protegendo coronéis e suas fazendas e, em alguns casos, eliminando adversários incômodos.

Para o pesquisador Frederico Pernambucano de Mello, um dos grandes especialistas brasileiros no assunto, o fenômeno do cangaço é resultado da colonização violenta e do isolamento cultural do sertão, região semi-árida que corresponde a 49% do território nordestino. "Os homens que colonizaram o sertão, terra ignota até metade do século passado, foram os rudes soldados que derrotaram o poderoso exército holandês da época, negros vindos das minas do sul e bandeirantes paulistas que mal falavam o português. Ao chegar, defrontaram-se com os índios tapuias, que, ao contrário dos mansos tupis do litoral, eram bravos e sanguinários. O choque desses dois grupos só poderia gerar uma raça habituada ao cheiro de sangue", sustenta o pesquisador, que tem um punhal de prata, com detalhes em ouro, que pertenceu a Lampião.

Em alguns momentos, a violência da figura do cangaceiro e o poder de persuasão do líder religioso, outro personagem importantíssimo do sertão, se aproximam. Exemplo típico é a Guerra de Canudos, na qual multidões de sertanejos, entre eles temíveis bandidos vindos das lavras de diamante de Lençóis (BA), reuniram-se em torno do beato Antônio Conselheiro. Aproximações semelhantes ocorreram também com Lampião. Em Juazeiro do Norte (CE), em 1926, o líder messiânico padre Cícero, que já enfeixava considerável poder político, ofereceu, para espanto de autoridades e militares, o título de capitão dos Batalhões Patrióticos ao cangaceiro para que ele enfrentasse um inimigo muito mais temido pelos coronéis: a Coluna Prestes, que circulava pela região. O bandoleiro teve apenas algumas escaramuças com patrulhas do Cavaleiro da Esperança, Luís Carlos Prestes.


Em 1927, após ser derrotado em Mossoró (RN), Lampião cruzou o rio São Francisco e internou-se na Bahia, justamente no Raso da Catarina, área onde atuara Antônio Conselheiro. Grandes guerreiros de Canudos, Pajeú e João Abade, sob cujo comando sertanejos derrotaram três expedições militares, usaram em seus combates táticas de guerrilha semelhantes às que viriam a ser usadas pelos cangaceiros de Lampião décadas depois. Ap
esar de ser um personagem arcaico, que usava patuás e rezas bravas característicos da religiosidade medieval, Lampião, cuja inteligência e bravura eram reconhecidas até pelos inimigos, utilizou vários ardis para se manter tanto tempo no cangaço. As táticas iam desde o suborno de comandantes de volantes até a conquista da simpatia e apoio da população com boas ações isoladas, como fazem, nos dias de hoje, os traficantes dos morros cariocas. "Conversei com vários ex-chefes de volantes que me confirmaram ter recebido dinheiro de Lampião para fugir ao combate", revela o pesquisador Antonio Amaury. Espremida entre os cangaceiros e a polícia, quase sempre tão brutal quanto os bandidos, a população civil não sabia a quem recorrer.

Lampião se sentia tão seguro do seu poder que, em 1925, chegou a mandar um telegrama ao governador de Pernambuco propondo que esse dominasse o estado até Arcoverde (então Rio Branco), enquanto ele governaria o sertão. Embora o fato tenha sido apenas uma brincadeira do Rei do Cangaço, dá uma idéia da sua certeza de impunidade ao atacar vilas do interior.
Polêmica

As comemorações pelo centenário de Lampião e a proposta, aprovada por unanimidade pela Câmara de Triunfo (PE), de construção de uma estátua em homenagem ao cangaceiro dois metros mais alta que o Cristo Redentor serviram para reacender antigos rancores. Um dos mais tenazes inimigos do bandoleiro, Davi Jurubeba passou oito anos perseguindo os cangaceiros na caatinga e se irrita à simples menção da idéia. "Lampião foi um bandido cruel e estuprador. Como podem querer homenagear alguém como ele?", pergunta Jurubeba, que perdeu 17 parentes nas mãos dos cangaceiros. O pernambucano, que garante jamais ter fugido dos bandidos, jura que, se fosse mais jovem, impediria a construção do monumento. Com certeza, obteria sucesso. Quem teria coragem de contrariar o homem que jamais fugiu de Lampião?

Filho de João Bezerra, o comandante da volante que matou o Rei do Cangaço, o administrador de empresas Paulo Brito, acredita que há uma tentativa de transformar Lampião em um herói. "Reconheço sua valentia, mas ele foi um bandido, que jamais poderia servir de exemplo para ninguém", diz ele, que já hospedou em sua casa, em Recife, Vera Ferreira, neta do bandoleiro. Brito lembra que seu pai, apelidado de Cão Coxo pelos cangaceiros, admirava Lampião, que também o respeitava, apesar da inimizade de ambos.

Cangaceiros , como Ilda Ribeiro de Souza, a Sila, e Manuel Dantas Loiola, o Candieiro, morador de Buíque (PE), participaram das homenagens na época; que, na opinião deles, estão corretas. Ambos escaparam da batalha de Angicos. Quando fugia sob cerrado tiroteio, Sila viu a amiga Enedina ser morta com um tiro na cabeça pelos soldados. "Em meus dois anos no cangaço, vi Lampião matar traidores e inimigos em combate, quando as chances são iguais para os dois lados, mas nunca tive notícias de que ele assassinasse inocentes ou desrespeitasse famílias", afirma.


Hoje um pacato comerciante, Candieiro, anos atras se encontrou, no local do massacre, com o velho inimigo Panta de Godoy, matador de Maria Bonita, lembra que Lampião aparentava estar cansado das lutas no sertão. "Ele dizia que só brigava se estivesse num apuro muito grande e não tivesse outro jeito", revela. Vera Ferreira diz ver o avô famoso como um homem que não podia agir de outra forma diante das circunstâncias que o levaram ao cangaço. O pai, José Ferreira, foi morto pelo delegado Amarílio Vilar, inimigo de Lampião. "Ele não foi herói nem bandido. Foi um homem valente, que, junto com seus cangaceiros, enfrentou a injusta ordem social vigente. Se não fizesse isso, seria um omisso, como tantos da época", afirma.

- O matador de Lampião, João Bezerra, morto em 1970, tinha, curiosamente, uma trajetória muito semelhante à de sua vítima. Acusado de ter sido um dos fornecedores de armas aos cangaceiros, Bezerra, entre outras coincidências, nasceu no mesmo dia e ano de Lampião.

- Apesar de ter vivido tanto tempo no cangaço, em alguns casos exterminando famílias inteiras, como os Gilo e os Quirino, Lampião jamais conseguiu matar Zé Saturnino, seu primeiro grande inimigo, e Zé Lucena, responsável indireto pela morte de seu pai, e pela sua própria, como comandante de João Bezerra.

Moacir Assunção

Fonte:http://www.sescsp.org.br

Defensoria intermedia polêmica sobre Judas


NE - O Pastor Silas Malafaia vai mesmo ser o Judas do Crato

Crato. Após o resultado da eleição do personagem que, neste ano será o Judas do Crato, um questionamento está sendo abordado pela organização do evento e lideranças religiosas locais. O pastor, Daniel Batista, da igreja Madureira Assembleia de Deus, instalada no Crato, procurou a Defensoria Pública do Estado do Ceará para reclamar sobre a realização da festa de Malhação do Judas, que será realizada no próximo dia 30, pela Sociedade Cariri das Artes.

Durante a reunião na Casa de Conciliação, o pastor Daniel Batista solicitou a retirada do nome e da imagem de Malafaia na promoção FOTO: YACANA NEPONECENA

Segundo ele, a escolha do nome do também pastor, Silas Malafaia, para simbolizar o Judas fere os princípios da religião, já que o eleito pelo voto de 4.300 pessoas como personagem que mais incomodou a população cratense com seus posicionamentos considerados homofóbicos é representante nacional da comunidade evangélica da Assembleia de Deus.

A polêmica tomou força nas redes sociais e teve a adesão das duas correntes, tanto a da comunidade evangélica, que não aceitou a escolha do nome Silas Malafaia- O Pastor Homofóbico, como a dos artistas e demais participantes envolvidos no evento que condenam as atitudes preconceituosas do líder evangélico, com relação aos homossexuais. Na manhã de ontem, uma conciliação foi realizada pelo mediador e defensor público, Emanoel Leal de Santana, mas, ainda não houve consenso entre o pastor Daniel Batista e o coordenador da Malhação do Judas, o dramaturgo Cacá Araújo. Devido às duas partes representarem um coletivo e não se sentirem legitimadas a tomar atitudes imediatas, na próxima terça-feira (26) acontecerá uma nova tentativa de acordo.

Por acreditar que a Malhação do Judas é uma festa preconceituosa e que poderá difamar publicamente a imagem de Silas Malafaia, o pastor Daniel Batista solicitou a retirada do nome e da imagem do mesmo da celebração. Ele enxerga que a explosão do boneco é um ato que pode disseminar a violência.

"Não temos nenhuma queixa contra a organização do evento. O que queremos é que a imagem do nosso representante seja removida desta festa", revela.

Devido a malhação do Judas neste ano, ser um protesto contra as posições e pregações que disseminam a homofobia e a intolerância religiosa, a organização do evento não necessita de autorização para o uso do nome e da imagem do pastor Silas Malafaia. Anualmente, durante a eleição dos indicados ao título de Judas são discutidos gestos polêmicos e problemas sociais que tenham grande impacto na vida da sociedade local.

Cultural

Segundo Cacá Araújo, o ritual é cultural e tem os personagens indicados e escolhidos pela maioria dos participantes da votação. Para ele, Silas Malafaia não foi eleito por ser pastor, mas por ser uma pessoa homofóbica de imensa expressão nacional. "Para o jure popular o pastor está cometendo uma irregularidade e disseminando o ódio contra os homossexuais", afirma.

O dramaturgo considera o pronunciamento de Daniel Batista como uma sugestão, já que pastor não dispõe de uma procuração para agir em nome de Silas Malafaia. Cacá disse que a Sociedade Cariri das Artes realizará uma reunião para discutir a proposta de desvincular a imagem do líder da igreja e a do boneco.

Mais informações:
Ministério Público
Casa de Mediação do Crato
Endereço: Rua Álvaro Peixoto-304
Bairro: São Miguel
Crato

Yaçanã Neponucena
Repórter do Jornal Diário do Nordeste

Procissão do Fogaréu arrasta dezenas de fiéis em Várzea Alegre


Aconteceu nesta sexta-feira, 22, no município de Várzea Alegre, a procissão do fogaréu, tradição cultural de penitentes que é mantida há mais de cinqüenta anos nesta cidade. A procissão teve início às 19h20min, marcando a abertura dos ritos religiosos da povo varzealegrense por ocasião da Semana Santa, que oficialmente para os católicos começa com o Domingo de Ramos, celebrado neste dia 24 de março.Neste ano, a manifestação reuniu 3 grupos locais, Riachinho, Riacho Verde e Jatobá e 2 grupos convidados, As Incelências e os Penitentes Irmãos da Cruz da cidade de Barbalha. Nos últimos sete anos, o evento passou a ser organizado e apoiado pela Secretaria Municipal de Cultura e Turismo.

Os penitentes se reuniram em frente à Capela de São Vicente e depois seguiram em procissão pelas ruas São Vicente, Dr. Leandro Correia e Deputado Luiz Otacílio Correia, até a capela de São Francisco, no bairro Betânia. Ao chegar à capela de São Francisco, o grupo de penitentes de Várzea Alegre, coordenado por Vicente Bachó, entoou um bendito em memória de Sousa Sobrinho, radialista e defensor da cultura popular que faleceu em 12 de maio de 2012.

Em Várzea Alegre, os penitentes seguem a tradição milenar de caminhar em procissão conduzindo nas mãos tochas acesas, cantando benditos e praticam a autoflagelação (cordões com artefatos em aço nas pontas que usam para bater nas costas). O ritual religioso atrai multidões.
ReligiosidadeO secretário de Cultura do município, Milton Bezerra, disse que a Prefeitura mantém a tradição dos penitentes como forma de valorizar e transmitir para as novas gerações aspectos da religiosidade popular e cultural. "Não podemos esquecer essas manifestações", observou.

"O nosso apoio tem por objetivo assegurar a manutenção desses grupos e que esses ritos continuem passando de geração para geração". Os penitentes são uma tradição antiga, com origens que remontam à época medieval na Europa e foi introduzida na região por intermédio do padre cearense, Ibiapina. Neste município, a tradição chegou a partir do distrito de Canindezinho.

O prefeito de Várzea Alegre, Vanderlei Freire, manifestou entusiasmo em manter a tradição do evento do fogaréu, apoiando a vinda de outros penitentes que se associam aos grupos locais. "O nosso esforço é para contribuir com a manutenção desse aspecto cultural e religioso, que ainda se mantém nessa região do Ceará". Os penitentes são homens idosos e jovens vestidos com capuzes e batas vermelhas e pretas. Saem em caminhada cantando benditos e levando luminárias e cruzes.


Assessoria de Imprensa 

CORAL DAS LAVADEIRAS



As Lavadeiras de Almenara formam um dos mais importantes grupos de cultura popular do Brasil. Fundado em 1991, o Coral surgiu na cidade de Almenara (MG), no Vale do Jequitinhonha, a partir da construção de uma lavanderia comunitária e do trabalho de pesquisa do cantor e compositor Carlos Farias.
Com repertório de sambas, batuques, modinhas, cantigas de roda e toadas de influência africana, indígena e portuguesa, percorreram o Brasil e se apresentaram em Portugal (2002), Espanha (2008).
Entre os trabalhos lançados estão os CD-livros “Batukim brasileiro – O canto das lavadeiras” e “Aqua – A música das lavadeiras do Jequitinhonha”.
Por onde passam, as lavadeiras realizam, além de espetáculos musicais, a “Oficina conversa de lavadeiras” – quando o grupo compartilha com o público as suas experiências de vida – e a cerimônia de “Bênção das águas” – sempre depois da oficina. Nesta cerimônia, todos saem em cortejo pelas ruas da cidade, cantando e tocando instrumentos até chegar a um espelho d’água – lago, rio, chafariz – onde as lavadeiras jogam flores.
O Coral Lavadeiras de Almenara é formado por: Adélia Barbosa da Silva, Ana Isabel da Conceição, Emília Maria de Jesus, Juracy Lima da Silva, Mirian Fernandes Pessoa, Santa de Lourdes Pereira, Sebastiana Dias Silva, Teresa Fernandes de Souza Novais e Valdenice Ferreira Santos. Carlos Farias é o maestro e coordenador das atividades do coral.
Fonte: www.cultura.gov.br

quinta-feira, 14 de março de 2013

SESC JUAZEIRO DO NORTE TRAZ VANDER LEE AO CARIRI

O SESC-Juazeiro do Norte traz ao Cariri o cantor e compositor mineiro Vander Lee, Ele que é conhecido por sua linguagem única onde suas canções traçam um retrato poético do cotidiano de forma atual e harmoniosa. Reconhecido como um dos cantores e compositores mais originais da MPB, o artista apresentará um show de voz e violão resgatando os seus maiores sucessos e algumas canções do seu novo trabalho intitulado Sambarroco. O show promete muito onde o público passará por momentos, com certeza, inesquecíveis regados à boa música, a sensibilidade à irreverência e a poesia. O mineiro apresentará um show leve e solto onde mostrará nas suas canções momentos urbanos e cotidianos, com letras que falam de amor, futebol, ônibus lotado, temas revestidos de muita bossa com sabor poético.
O show será no SESC-Juazeiro do Norte, no Terreiro da Mestra Margarida, nesta sexta feira (15)  a partir das 20 horas.
Vale a pena conferir. 


sábado, 9 de março de 2013

Imaginário Sertanista


" O sertão está em toda parte, o sertão está dentro da gente. Levo o sertão dentro de mim e o mundo no qual vivo é também o sertão".

Esta citação do escritor mineiro Guimarães Rosa sintetiza a sensação de apreciarmos a obra intitulada "Imaginário Sertanista", uma coletânea de desenhos do artista plástico JP Souza, nome artístico do Professor João Paulo de Souza. Com apenas um lápis e uma folha de papel comum, Ele, que reside na cidade de Jardim no Cariri cearense é, capaz de nos transportar para o universo sertanejo tão rico de imagens exóticas e de uma simplicidade incomparável. O seu traço capta o que demais puro há na vida sertaneja, ata nosso olhar à experiência de sempre ter sido habitante destas terras chamada Nordeste. São cenas que vivem no nosso imaginário compondo uma identidade do que ainda somos e outros fôramos.

Vejam suas obras.