O "Rei do Baião". Dessa forma era - e é até hoje - chamado Luiz
Gonzaga do Nascimento, responsável por dezenas de obras-primas da Música
Popular Brasileira. Na próxima terça feira, dia 02 de agosto, serão
comemorados os 22 anos que Luiz Gonzaga, o filho de Januário, nos deixou.
Antes de se tornar músico, Luiz Gonzaga trabalhou na lavoura. Ainda bem que, nesse período, ele usava as suas horas vagas para aprender sanfona com o seu pai. Aos 12 anos, o futuro "Rei do Baião" já acompanhava o pai em apresentações em bailes e festas. Perto dos 18 anos, Luiz Gonzaga mudou-se para Crato (Ceará). Tornou-se corneteiro no 23º Batalhão de Caçadores do Exercito. Passou por Minas Gerais e São Paulo até chegar ao Rio de Janeiro no final dos anos 30. No final da década, desligou-se do Exército e passou a se dedicar exclusivamente à música, até ser contratado pela Rádio Nacional. O radialista César de Alencar (que, juntamente com Paulo Gracindo, deu a ele o apelido de "Lua") o chamava de "o maior sanfoneiro nordestino". E, naquela época, isso não era pouca coisa, pode ter certeza...
Já em 1941, houve as primeiras gravações instrumentais de Luiz Gonzaga. Em 1945, Gonzagão registrou, pela primeira vez, uma canção com a sua voz - "Dança Mariquinha". No mesmo ano, Gonzaguinha nasceu. Em 1946, com a música "Baião", Luiz Gonzaga lançou um novo gênero musical chamado... baião! Escrita em parceria com o advogado cearense Humberto Teixeira, e gravada pelo grupo Quatro Azes e Um Coringa, a música é um manifesto de um gênero que se impôs no país, até o surgimento da Bossa Nova. E a verdade é que, entrava gênero, saía gênero (Jovem Guarda, Tropicália, Rock Brasil etc), o baião de Gonzagão nunca saiu de moda.
Mas foi em 1947 que ele gravou "Asa Branca", a sua música mais importante, também em parceria com Humberto Teixeira. A música é considerada, até hoje, uma das mais importantes da história da Música Popular Brasileira, tendo sido regravada por diversos artistas, como Rosinha de Valença, Fagner, Maria Bethânia, Caetano Veloso e Carmélia Alves. Após tal canção, Luiz Gonzaga gravou inúmeros sucessos, como "A Vida do Viajante" (com Hervé Cordovil), "Lorota Boa", "Juazeiro", "Assum Preto", "Respeita Januário" (as quatro com Humberto Teixeira), "Cintura Fina", "Imbalança", "O Xote das Meninas", "Vem Morena", "Riacho do Navio" (as cinco com Zé Dantas), "Olha Pro Céu" (com José Fernandes) e "Pau-de-Arara" (com Guio de Morais).
Luiz Gonzaga morreu aos 76 anos, em Recife, vítima de parada cardiorrespiratória. Até a sua morte, em 1989, Luiz Gonzaga gravou diversos discos e não parou de fazer shows por todo Brasil. Até mesmo porque, como diz aquela sua velha canção: "Minha vida é andar por esse país...".
E anda até hoje, 22 anos após a sua morte.
Antes de se tornar músico, Luiz Gonzaga trabalhou na lavoura. Ainda bem que, nesse período, ele usava as suas horas vagas para aprender sanfona com o seu pai. Aos 12 anos, o futuro "Rei do Baião" já acompanhava o pai em apresentações em bailes e festas. Perto dos 18 anos, Luiz Gonzaga mudou-se para Crato (Ceará). Tornou-se corneteiro no 23º Batalhão de Caçadores do Exercito. Passou por Minas Gerais e São Paulo até chegar ao Rio de Janeiro no final dos anos 30. No final da década, desligou-se do Exército e passou a se dedicar exclusivamente à música, até ser contratado pela Rádio Nacional. O radialista César de Alencar (que, juntamente com Paulo Gracindo, deu a ele o apelido de "Lua") o chamava de "o maior sanfoneiro nordestino". E, naquela época, isso não era pouca coisa, pode ter certeza...
Já em 1941, houve as primeiras gravações instrumentais de Luiz Gonzaga. Em 1945, Gonzagão registrou, pela primeira vez, uma canção com a sua voz - "Dança Mariquinha". No mesmo ano, Gonzaguinha nasceu. Em 1946, com a música "Baião", Luiz Gonzaga lançou um novo gênero musical chamado... baião! Escrita em parceria com o advogado cearense Humberto Teixeira, e gravada pelo grupo Quatro Azes e Um Coringa, a música é um manifesto de um gênero que se impôs no país, até o surgimento da Bossa Nova. E a verdade é que, entrava gênero, saía gênero (Jovem Guarda, Tropicália, Rock Brasil etc), o baião de Gonzagão nunca saiu de moda.
Mas foi em 1947 que ele gravou "Asa Branca", a sua música mais importante, também em parceria com Humberto Teixeira. A música é considerada, até hoje, uma das mais importantes da história da Música Popular Brasileira, tendo sido regravada por diversos artistas, como Rosinha de Valença, Fagner, Maria Bethânia, Caetano Veloso e Carmélia Alves. Após tal canção, Luiz Gonzaga gravou inúmeros sucessos, como "A Vida do Viajante" (com Hervé Cordovil), "Lorota Boa", "Juazeiro", "Assum Preto", "Respeita Januário" (as quatro com Humberto Teixeira), "Cintura Fina", "Imbalança", "O Xote das Meninas", "Vem Morena", "Riacho do Navio" (as cinco com Zé Dantas), "Olha Pro Céu" (com José Fernandes) e "Pau-de-Arara" (com Guio de Morais).
Luiz Gonzaga morreu aos 76 anos, em Recife, vítima de parada cardiorrespiratória. Até a sua morte, em 1989, Luiz Gonzaga gravou diversos discos e não parou de fazer shows por todo Brasil. Até mesmo porque, como diz aquela sua velha canção: "Minha vida é andar por esse país...".
E anda até hoje, 22 anos após a sua morte.
Luiz Felipe Carneiro
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