sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Cultura Nordestina

Cultura popular, como o próprio nome já diz, é a cultura do povo. É o resultado de uma interação contínua entre as pessoas pertencentes a determinadas regiões. Seu conteúdo é específico daquela localidade. Nasceu da adaptação do homem ao ambiente onde vive e abrange inúmeras áreas de conhecimento, aí incluídos suas crenças, artes, moral, leis, linguagem, idéias, hábitos, tradições, usos e costumes, etc. Esses conjuntos de práticas e tradições são expressados através de festas, mitos, lendas, crendices, costumes, danças, superstições e outras tantas formas de manifestações artísticas do povo desta região, como na alimentação, na linguagem, na religiosidade e na vestimenta por exemplos.

Uma das maneiras que nosso povo tem para mostrar a sua cultura e tradição é através do artesanato. Os artesões são pessoas que fazem sua arte usando apenas as mãos e/ou instrumentos simples. Eles sabem aproveitar coisas velhas e transformá-las em lindas obras. Para isso eles se utilizam de vidros, latas, madeira, papelão, barro, estopa, etc.

A criatividade desses artistas da terra está estampada em inúmeros trabalhos. Como exemplos podemos citar: bordados, rendas de bilros, cerâmicas, pinturas, esculturas, estandartes, cabeças de coco, artefatos de cipó-canela, labirinto, produção de redes e mantas, crochês, balaios e outros tipos de cestos, talhas, vestuário e batik (tecido de algodão, trabalhado com cera, parafina e tinta concentrada, caracterizado pela temática nordestina), jóias, confecção de barcos e outros tipos de transporte, objetos de couro, de madeira, de lata, de barro, de sisal, de estopa, de palha, de metal e de osso, etc.

O artesanato e o artesão são encontrados em todos os Estados Nordestinos. Eles estão nas feiras livres, nos museus, nas galerias, em casas comerciais, mercados de artesanato e oficinas artesanais.

Eles sabem aproveitar coisas velhas e transformá-las em lindas obras. Para isso eles se utilizam de vidros, latas, madeira, papelão, barro, estopa, etc.

A criatividade desses artistas da terra está estampada em inúmeros trabalhos. Como exemplos podemos citar: bordados, rendas de bilros, cerâmicas, pinturas, esculturas, estandartes, cabeças de coco, artefatos de cipó-canela, labirinto, produção de redes e mantas, crochês, balaios e outros tipos de cestos, talhas, vestuário e batik (tecido de algodão, trabalhado com cera, parafina e tinta concentrada, caracterizado pela temática nordestina), jóias, confecção de barcos e outros tipos de transporte, objetos de couro, de madeira, de lata, de barro, de sisal, de estopa, de palha, de metal e de osso, etc.

O vastíssimo folclore regional também é uma outra forma de expressão popular que retrata nossa alma e nossa cultura. Ele dispõe de vários ritmos, danças e uma mistura de cores impressionante, sendo um dos mais ricos e variados do Brasil. Essas danças e folguedos as vezes estão ligados às comemorações religiosas. Cada festa popular tem seu calendário e características próprias. E cada cidade encontra um modo alegre e festivo de comemorá-las.

O Boi de reis, a nau catarineta, a lapinha, as festas juninas, as cantoria de violeiros, o coco-de-roda, a ciranda, a banda de pifes, a vaquejada, as quadrilhas, o pastoril, o serra-velho, o maracatu, o cavalo marinho, a literatura de cordel, o frevo e o joão redondo ou babau são exemplos dessas manifestações. Os gestos e xingamentos, apelidos, inscrições em caminhão, jogos infantis, brincadeiras, cantos, decoração, indumentária, usos e costumes, medicina popular (meisinha), etc. , são outros elementos folclóricos que correspondem ao dia-a-dia da população.

O folclore é um tipo de cultura que é expressada através de festas, mitos, lendas, crendices, costumes, danças, superstições e outras tantas formas de manifestações artísticas de um povo. Nosso folclore surgiu do povo nativo (indígena), do europeu colonizador e do negro escravo.

Dessa mistura nasceram histórias, personagens, danças, bem como podem ser percebidos na alimentação, na linguagem, religiosidade, vestimenta, etc. Muitas vezes são de origem de outras regiões, mas que, depois de aqui introduzidas, a população passou a se identificar com essas manifestações como sendo suas e a elas estão ligadas por razões históricas ou contato atual.

As feiras livres são organizadas e realizadas ao ar livre em logradouros previamente destinados para esse evento. Elas são chamadas de “Shopping Popular”, pois lá se pode comprar de tudo. Além dos produtos destinados à nossa alimentação como carnes, frutas, verduras, ovos, cereais, etc. também são encontrados:

- Artesanato caseiro e decorativo em madeira, couro, corda, palha,
metal, flandre, e estopa;
- Vestuário (calças, camisas, cuecas, calcinhas, bermudas, biquínis, indumentária típica como as de vaqueiro e tangerinos, por exemplo);
- Músicas dos cegos e cantadores de viola;
- Literatura de cordel, com suas fantasiosas sagas e acontecimentos da comunidade;
- Desafios de violeiros;
- Artigos de renda e bordados;
- Emboladores de coco;
- Repentistas;
- Barracas de comidas típicas de cada região, como: carne de bode guisada, carne de sol, cuscuz, macaxeira, tapioca, rapadura, etc., que são montadas nas vésperas e funcionam durante toda a noite que antecede a feira e durante a realização da mesma, no dia seguinte.
- Barracas de café, bolo, doces, cachaças, licores, batidas, vinhos e caipiroscas;
- Espetáculos circenses;
- Representantes de propaganda de remédios caseiros, raízes e cascas-de-pau, banhos de animais;
- Aparelhos elétricos (sons, CDs. Rádios, gravadores, aparelhos domésticos, etc.);
- Utensílios para viagem (malas, mochilas, etc.);
- Produtos de beleza (esmaltes, desodorantes, sabonetes, espelhos, alicates de unha, etc.);
- Material Escolar e de escritório (envelope, cadeiras, canetas, borrachas, cola, régua, cadernos, etc);
- Instrumentos de trabalho (fita elétrica, serrotes, martelos, pregos, chaves de fenda, alicates, etc.);
- Produtos culturais (CDs, fitas cassete, discos de vinil, xilogravuras, rtc);
- Ervas e garrafadas que prometem curar doenças;
- Imagens e retratos de santos de todos os tipos e para todas as necessidades (casar, pagar dívidas, etc.), onde não faltam as do “Padim Padre Ciço”.

Essa “harmoniosa confusão de sons, cheiros e cores” também representa direta ou indiretamente uma das expressões da cultura popular, pois nela também são expostos inúmeros trabalhos de nossos artistas anônimos, ligados à arte popular e ao folclore. É um verdadeiro mostruário da nossa cultura. A feira significa também festa, forró, fartura e farra. É o lugar de encontros com amigos e o resto da família.

A culinária também é uma forma de cultura. A nordestina descende da cozinha portuguesa e africana, além da influência indígena. Os índios comiam a carne de pequenos animais e aves que eles flechavam. O peixe era pescado em locais rasos.

Eles também se alimentavam de tubérculos, raízes e farinha. A farinha de mandioca, por sinal, para o nordestino, ocupa o mesmo lugar que o pão e o trigo em outras culturas. Ela é completamente obrigatória em muitos alimentos, ora engrossando os molhos, ora complementando o sabor das comidas.

Os portugueses trouxeram sua rica culinária e aproveitaram as novidades mais saborosas da comida indígena. Com a vinda dos negros africanos, que se utilizaram também dos produtos da terra, ficamos conhecendo sua gorda e variada culinária. Muitos pratos, quando não vieram da África, foram re-elaborados pelas mulheres escravas que trabalhavam em nossas cozinhas.

Atualmente temos comidas tradicionais que foram adaptadas aos recursos e ambientes locais, formando a variada culinária nordestina. São pratos de produtos do mar ou do sertão, que se aliam aos pratos tradicionais da várzea, da serra ou da mata. Tem de tudo para todos os gostos, do requintado ao simples.

Eis alguns exemplos: Ensopado de caranguejo, Buchada, Mocotó, Rabada,Carne de Sol, Mungunzá, Arroz de Leite, Arroz Doce, Tapioca, Coalhada, Picado ou Sarapatel, Cuscuz, Rubacão, Arrumadinho, Macaxeira, Baião de Dois, Canjica, Pamonha, Rapadura, nossa tradicional cachaça, etc. Nossa grande variedade de fruta e açúcar também inspira receitas de doces, licores, vinhos e batidas (aguardente com frutas).

E assim, “Sempre que se cante a uma criança uma cantiga de ninar; sempre que se use uma canção, uma adivinha, uma parlenda, uma rima de contar, no quarto das crianças ou na escola; sempre que ditos, provérbios, fábulas, estórias bobas e contos populares sejam reapresentados; sempre que, por hábito ou inclinação, a gente se entregue a cantos e danças, a jogos antigos, a folguedos, para marcar a passagem do ano e as festas usuais; sempre que uma mãe ensina a filha a costurar, tricotar, fiar, tecer, bordar, fazer uma coberta, trançar um cinto, assar uma torta à moda antiga; sempre que um profissional ensina a seu aprendiz o uso de instrumentos (...) aí veremos aspectos culturais em seu próprio domínio, sempre em ação, vivo e mutável, sempre pronto a agarrar e assimilar novos elementos em seu caminho”. 

Fonte: culturapopular2.blogspot.com

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